Elemento gráfico ilustrativo de ondas.

Os efeitos colaterais das dietas restritivas

Mulher loira cortando um grão no prato de comida representando dieta restritiva

Por mais que existam as dietas da moda, tem algo em dietas que nunca sai de moda: restringir. Sem doces, sem lactose, sem frutas, sem carne, sem massas, sem pães, sem alguma coisa dependendo do objetivo de cada dieta.

Quando formulada por um profissional de nutrição, provavelmente todos os fatores foram considerados para que o paciente não fique sem energia ou sem nutrientes- chave para o bom funcionamento do seu organismo como um todo. E ainda assim, caso algo não aconteça como previsto, é importantíssimo fazer o acompanhamento para que o nutricionista possa fazer os ajustes necessários.

O maior risco está de fato nas dietas formuladas por leigos. Ou nem exatamente “formuladas”, mas sim as experiências que as pessoas se propõem a viver, baseando sua alimentação somente a ovos ou batata doce, por exemplo.

Uma das alternativas mais em alta na atualidade é a chamada “dieta cetogênica”. Ela se baseia no altíssimo consumo de proteínas e gorduras, reduzindo drasticamente os carboidratos a 10% ou 15% proporcionalmente. Por um lado, consegue-se um emagrecimento acelerado; mas por outro lado são cada vez mais numerosos os casos de doenças e indisposições relacionadas a esta prática. Especificamente sobre o trato intestinal, essa modalidade pode causar desregulagem generalizada: algumas pessoas passam a ter diarreia, outras passam a ter prisão de ventre.

Um pouco mais antigas, mas ainda muito comentadas, são as dietas Atkins e Dukan. Ambas têm princípios muito parecidos com a cetogênica e por isso sofrem as mesmas críticas da classe médica e podem estar associadas aos mesmos problemas.

Outra dieta que surgiu por necessidade de indivíduos com restrição alimentar e que recentemente se tornou opção para muitas pessoas que querem emagrecer é a que elimina o consumo de glúten. A proteína presente em trigo, cevada e outros grãos não é tolerada por celíacos, que correspondem a 1% da população. Mas para chegar a alternativas comerciais, os alimentos industrializados oferecidos em supermercados muitas vezes pesam em calorias, gordura, açúcar e sódio para contrabalancear a ausência da textura e do sabor do trigo. E esses alimentos em geral possuem poucas fibras. Resultado: adeptos podem sofrer com a prisão de ventre.

Além dessas, existem muitas outras dietas restritivas. Mediterrânea, de alimentos crus, paleolítica e vegana são só algumas delas. Nem todas são destinadas a perda de peso ou ganho muscular, algumas dizem mais respeito a um estilo de vida. Mas em geral, essas dietas são mais equilibradas e não apresentam nenhum efeito colateral ligado diretamente ao funcionamento do intestino.

Nossa recomendação não poderia ser diferente. Se você quer fazer uma dieta, procure um médico ou nutricionista. Se a dieta que você segue atualmente te causa desconforto intestinal, procure um médico. Se está em dúvida se você deveria procurar um médico, procure um médico.

Fontes:
https://www.vice.com/pt_br/article/bj4pgm/dieta-cetogenica-diarreia-constipacao-fazer-coco http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/07/dietas-restritas-em-carboidrato-ou-proteina-podem-fazer- mal-saude.html

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