Você já passou por uma situação de estresse e ansiedade que desencadeou uma vontade quase incontrolável de ingerir alimentos cheios de açúcar e gordura como biscoitos, chocolate, pizza e sanduíches? Essa vontade é chamada por especialistas de “fome emocional”.1
Alimentar-se é uma necessidade física, mas também pode acontecer por necessidade emocional, que desencadeia o desejo de compensar o mal-estar com comida, especialmente aquelas com alto teor de açúcar e gorduras.2
“Nem sempre quando achamos que temos ‘fome’ precisamos realmente comer. Diversos fatores emocionais influenciam a rotina alimentar de uma pessoa como ansiedade, tédio, estresse, tristeza, frustração, ou apenas a força do hábito. E são esses sentimentos que, muitas vezes, fazem com que a pessoa ache que está com fome, quando, na verdade, é apenas uma vontade incontrolável de comer para encobrir essas sensações (…)” Explica a nutricionista Gladia Bernardi.1
Causas da fome emocional
Segundo especialistas em nutrição e psicologia, a forma emocional pode ser “provocada por uma má consciência interoceptiva“, o que significa que a pessoa pode ter dificuldade em interpretar as emoções sentidas.2
Nesses casos, acontece uma associação entre comidas e a diminuição do mal-estar, como se aqueles alimentos pudessem fazer a pessoa se sentir melhor.2
O excesso de estresse e ansiedade no dia a dia, causados por grandes demandas cotidianas, expectativas não realizadas e frustrações em âmbito profissional, familiar, amoroso ou financeiro podem desencadear a fome emocional.3
Fome emocional ou fome física?
Para ter uma relação mais saudável com a alimentação, evitando episódios de culpa e compulsão, é necessário entender a diferença de cada tipo de fome.4
Quando sentimos fome física, nosso corpo dá sinais de que precisamos comer, como queda de energia e estômago roncando. Essa fome geralmente não desperta desejos específicos, qualquer comida é capaz de saciá-la. Quando houver fome física, é importante comer com calma, mastigando bem.4
Já em casos de fome emocional, não há sinais físicos, apenas o desejo de comer alguma coisa específica. Muitas vezes, ingerir os alimentos não proporciona total satisfação, especialmente quando há a busca por conforto naquele alimento.4
O que fazer para evitar a fome emocional?
1) Reeducação alimentar
A fome emocional pode trazer episódios de compulsão, culpa, quilos a mais e até problemas no seu intestino causados pelo excesso de açúcar e gordura. Para se alimentar melhor, é necessário iniciar um processo de reeducação alimentar que inclua muitos alimentos naturais no seu dia a dia.5
Dê preferência a alimentos que proporcionem grande sensação de saciedade, como fibras, e encha sua geladeira com frutas, verduras e legumes. Consulte-se com um nutricionista para saber como fazer essa reeducação alimentar da melhor forma.3
2) Atividades prazerosas
Se você está comendo excessivamente para causar algum prazer ao corpo, é possível adquirir prazer em outros tipos de atividade. Adote hábitos que proporcionam bem-estar, como exercícios físicos, leitura, encontros com amigos, interação com animais, meditação, entre outros.3
3) Ajuda especializada
Diversos profissionais podem te ajudar na busca de uma rotina mais saudável e no controle da fome emocional. Procurar um psicólogo, um nutricionista e um health coach são algumas das opções para quem busca uma relação mais saudável com a alimentação.3
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Fontes:
- https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/especialista-em-obesidade-lista-5-maneiras-deidentificar-quando-a-fome-e-emocional.ghtml
- https://br.mundopsicologos.com/artigos/o-que-e-a-fome-emocional-e-como-trata-la
- https://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/14488-sete-maneiras-de-lidar-com-a-fomeemocional
- https://www.gabrielanutricionista.com.br/fome-fisica-ou-fome-emocional/
- https://www.maesmundoafora.com/fome-emocional-voce-esta-descontando-suas-emocoes-nacomida-nessa-quarentena/