Estudos recentes revelam que alterações no intestino podem ser a chave para a longevidade.¹
É natural que ao longo do tempo ocorram mudanças em nossa flora intestinal, uma complexa comunidade de micróbios que habitam nosso intestino. Essas mudanças são constantes nos primeiros anos de vida, mas param de acontecer durante um período de estabilização que dura de três a quatro décadas, onde ocorrem alterações mínimas no microbioma intestinal.¹
Os seres humanos têm microbiomas (conjunto de bactérias, vírus e fungos que compõem o organismo) muito similares. Porém, o que o estudo da revista “Nature Metabolism” observou é que as alterações que ocorrem por volta dos 40 anos de idade em pessoas mais saudáveis tornava seus microbiomas muito diferentes da parcela menos saudável da população.²
Também foi observado que essas alterações aumentavam sua expectativa de vida por conta dos níveis altos de vitamina D e baixos níveis de colesterol LDL e triglicerídes encontrados em exames – diferente das pessoas com baixas alterações durante o envelhecimento que obtiveram níveis opostos, com ausência de vitamina D e excesso de colesterol e triglicérides.³
A resposta para essa mudança pode estar no muco do intestino
Nossos intestinos são revestidos por uma camada de muco que protege os micróbios existentes. Segundo o pesquisador Sean Gibbons, um dos autores do estudo, as fibras ajudam nosso corpo a manter o muco e quando há ausência dessa substância, os bacteroides “mastigam o muco”, destruindo esta importante barreira e debilitando o sistema imunológico.¹
Com o sistema imunológico frágil, o corpo fica vulnerável e não consegue combater as doenças de forma eficaz.
Alimentação saudável e exercícios físicos ajudam a flora intestinal
Estudos semelhantes mostram que dietas ricas em fibras são benéficas para a composição do nosso microbioma, colaborando com as alterações durante o envelhecimento. As fibras ajudam o intestino a manter os micróbios “bons”, como Prevotella Copri e Blastocystis, que estão associados a níveis de gordura visceral, que aumentam o risco de infarto.⁴
Gibbons também recomenda o consumo mínimo de alimentos ultraprocessados e a inclusão de exercícios físicos na rotina, pois isso também contribui com o fortalecimento do sistema imunológico.¹ Aqui no blog você encontra dicas de exercícios que ajudam o intestino a funcionar melhor e quais alimentos são ricos em fibras.
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Fontes:
- https://internacional.estadao.com.br/noticias/nytiw,mudanca-flora-intestinal-saude-envelhecimento,70003676001
- https://g1.globo.com/bemestar/viva-voce/noticia/2021/03/28/viver-mais-pode-estar-relacionado-com-as-bacterias-do-seu-intestino-aponta-estudo.ghtml
- https://www.independent.co.uk/news/science/ageing-prediction-gut-microbiome-b1821056.html
- https://www.nytimes.com/2021/01/11/well/eat/diet-gut-microbiome.html